Governo quer travar alta taxa de mortalidade infantil
A média de crianças com menos de cinco anos que morrem em Angola é de 158 por mil nados vivos e cerca de 1400 mulheres sucumbem no parto em cada 100 mil, informou hoje o Ministério da Saúde.
Doenças como a malária, as diarreias agudas ou o tétano neo-natal são, segundo o Ministério da Saúde de Angola (MINSA), responsáveis por 60 por cento das mortes de crianças com menos de cinco anos.
Citando fonte do MINSA, a Agência de notícias angolana, Angop, sublinha que as autoridades de Luanda admitem que estes números são dos mais altos no mundo quanto a mortes de crianças com menos de cinco anos e de mulheres em consequência do parto, como organismos internacionais têm sublinhado.
O MINSA diz ainda que Angola "precisa baixar estes índices rapidamente" para níveis aceitáveis de forma a concretizar os objectivos propostos pelos objectivos do Milénio, até 2015, definidos pelas Nações Unidas.
Para isso, Angola propõe-se a reduzir em dois terços a mortalidade infantil e reduzir para três quartos a taxa de mortalidade materna até 2015.
A guerra que o país viveu entre 1975 e 2002 é apontada como a principal razão para estes números, indicando a Angop a destruição das infra-estruturas sanitárias e a concentração de pessoal médico nas cidades, onde estão 70 por cento dos médicos, 30 por cento do pessoal de enfermagem e 45 por cento do restante pessoal paramédico. Angola tem actualmente oito médicos para cada 100 mil habitantes, um registo abaixo da média de países comparáveis em África.
Perante este cenário, a agência de notícias estatal angolana adianta que 60 por cento da população não tem acesso aos serviços primários de saúde.
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