Bem-vindos ao blog da revista Angola'in!

Uma publicação dirigida a todos os angolanos, que pretende ser o elo de ligação da lusofonia. Queremos que este espaço seja mais um meio de contacto com os nossos leitores e todos aqueles que têm ligações a este país. O nosso objectivo é estarmos próximos de si e, com isso, esperamos acolher a sua simpatia e a sua opinião, como forma de enriquecer o nosso trabalho. O seu feedback é uma mais-valia, um estímulo para continuarmos a desenvolver um projecto inteiramente dedicado a si!

Angola'in à venda em Portugal e Angola

Angola'in à venda em Portugal e Angola
A 1ª edição 2012 da Angola'in é pura sedução! Disponível em Angola e Portugal, a revista marca o seu regresso ao bom estilo das divas: com muito glamour e beleza. Uma aposta Comunicare que reserva grandes surpresas para os seus leitores

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Investimento

Iniciar negócios é mais caro em Angola




Angola é o país africano onde os custos para iniciar um negócio são os mais elevados (884,6) e o segundo que exige maior número de procedimentos (14) aos investidores, mas está inserido num continente cheio de oportunidades, afirma o economista John Luiz. John Luiz, especialista em negócios e estratégia, da “Wits Business School, Universidade de Witawatersrand”, da África do Sul, pronunciou-se no âmbito da conferência “Cooperação num quadro internacional de desafio energético e alimentar”, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa. Luiz defendeu que, apesar dos riscos, um só país do continente africano poderá ser a décima economia mundial, depois da Índia, Brasil ou Rússia. Parece “uma ironia a África muito pobre criar oportunidades”, mas o impacto da crise económica mundial é menor neste continente, que oferece uma base de mais de 900 milhões de consumidores, disse. Mesmo entre os pobres existem muitas oportunidades, alertou, remetendo os interessados para o livro “Fortune at the Bottom of the Pyram mid”, do indiano C.K. Prahalad, o mais influente pensador do mundo dos negócios, porque os ajudará a compreender o fenómeno. John Luiz salientou que, apesar de metade de África viver com menos de um dólar por dia, a outra metade está ávida de produtos e serviços. No continente mais de 50% da população tem menos de 24 anos e há uma classe média que deseja coisas novas. Quanto aos riscos, “mais aparentes do que reais”, disse o orador, é necessário aprender a geri-los. Luiz, que falava sobre “Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento Económico e Empresarial em África”, indicou outros países africanos onde os custos de investimento para começo de um negócio são ainda muito elevados RD Congo (556,8), Níger (396,4), Ruanda (316,9), Togo (229,6) e Tanzânia (186,9), sendo a África do Sul o que tem o menor custo (9,1) da região. Existem outros países, em geografias de referência mundial, com custos inferiores, como os EUA (0,6), a Austrália (2,1) e a Rússia (6,7). John Luiz não deixou de equacionar que, embora os riscos sejam altos, à medida que emergem e se aprofundam os mercados, eles são maiores em conjecturas do que na realidade. A chave, disse, “é aprender a gerir esse risco”. Referiu que os serviços e produtos são necessários nas áreas da educação, saúde, agricultura, infra estruturas, operações bancárias e, sobretudo, nas novas tecnologias. Entre 1999 e 2004 o telefone móvel cresceu 58% ao ano em África, enquanto na Ásia, região de maior predominância, a subida foi de apenas 35%. O continente tem mais petróleo do que o Médio Oriente, mas a China e a Índia estão a aumentar rapidamente as suas reservas, afirmou o economista, recordando que em 2025 África, agora abrangida por várias organizações económicas AMU, COMESA, ECCAS, IGAD, CEDEAO e SADC – terá um Mercado Comum, à semelhança da Europa. Eleições obrigam a rigor sem condescendências. A estabilidade política e a existência de instituições credíveis de protecção dos direitos humanos, de garantia dos contratos e de zelo pela transparência das contas do governo, são etapas fundamentais para sedimentar a confiança que os diferentes países do continente terão de proporcionar a potenciais investidores estrangeiros, salientou. A maior parte dos líderes em África, em todos os regimes de transição, e desde 1960, tem desaparecido, principalmente devido a golpes de estado, guerra ou invasões, mas também a acidentes naturais, referiu John Luiz. No período de 1960-1969 morreram 27 estadistas, entre 1970-79 desapareceram 30, na década de 80 morreram 22 e o mesmo número na seguinte, perfazendo no início de 2000 um total de 101 líderes vítimas de guerras, golpes de estado ou invasões. Mas África está a mudar, defendeu. Desde os anos 90, o multipartidarismo, através de eleições, instalou-se em mais de 40 países, na maioria em consequência de eleições pluripartidárias pós-independência. O economista aconselhou os investidores em África a terem de ter bom senso e responsabilidade social, a saberem lidar com a diversidade cultural e a serem atentos e pedagógicos com problemas como a sida e a pobreza.

Sem comentários:

Enviar um comentário