Mais de 100 milhões de dólares gastos no combate à imigração ilegal
O Governo de Angola despendeu mais de 100 milhões de dólares (71.3 milhões de euros), desde a restauração da paz em 2002, no combate à imigração ilegal, revelou hoje em Luanda o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA).
O general Francisco Pereira Furtado, dirigindo-se aos deputados da Assembleia Nacional durante uma conferência sobre Segurança Nacional, anunciou estar em curso, desde 9 de Maio, uma operação militar denominada "Crise", que permitiu expulsar 18 mil estrangeiros ilegais das zonas diamantíferas da província angolana da Lunda-Norte. "Esta operação foi despoletada como resultado da crise económica e financeira mundial que afectou o sector diamantífero nacional, onde 11 projectos mineiros de grande importância foram abandonados pelos seus tutores, ou detentores de licenças (de exploração)", salientou Francisco Furtado, referindo que a missão foi atribuída às FAA. O responsável esclareceu que "em 37 dias desta operação foram expulsos 18 mil cidadãos estrangeiros", só na província da Luanda-Norte. "Isto é para chamar à atenção dos senhores deputados para o fenómeno da imigração ilegal e as repercussões e consequências que esta tem para a segurança nacional", reiterou.
Em Abril de 2004, o Governo angolano lançou a operação "Brilhante" que culminou com a expulsão de centenas de milhares de imigrantes clandestinos, oriundos maioritariamente da República Democrática do Congo e de países da África do Leste que se dedicavam à extracção de diamantes nas províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul.
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