A organização das famílias camponesas em cooperativas e associações para o acesso aos diversos programas de apoio a produção de alimentos ficou facilitada depois do alcance, em 1975, da independência nacional, revela a Unaca, na província do Huambo. O presidente da Federação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agro-pecuárias (Unaca), no Huambo, Abraão Fernandes, revelou que a independência deu lugar à liberdade de actuação dos camponeses e melhor actuação dos líderes comunitários. “Antes de 1975, os camponeses não tinham grandes extensões de terra, porque usavam toda a sua força e meios ínfimos para sobreviver. A governação colonial preocupava-se mais com as exigências do imposto e o trabalho forçado, quase nada fazia para reduzir o sofrimento das famílias camponesas”, referiu.
Explicou que os angolanos, particularmente os do meio rural, estão a beneficiar de diversos programas que lhes dão maior dignidade, desde a saúde, educação, transportes públicos, micro crédito e crédito agrícola de campanha. Sem revelar dados anteriores, Abraão Fernandes apontou que nos últimos oito anos o número de cooperativas agro-pecuárias cresceu de sete para 104, enquanto a cifra de associações de camponeses passou de 579 para 633.
Referiu que hoje a Unaca controla 23.687 cooperadores e 91.159 associados. Do total, 66.684 são mulheres. Abraão Fernandes salientou como outro ganho da independência a adesão da mulher rural as aulas de alfabetização, capacitando-se para a compressão dos problemas da sua comunidade.
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