A directora geral da Organização mundial da Saúde, Margaret Chan, afirmou quarta-feira, em Malabo, Guine Equatorial, que vai encetar contactos junto das produtoras farmacêuticas para reduzirem o preço dos medicamentos para o tratamento do cancro.
Acrescentou que pela informação obtida das diferentes nações, a situação é preocupante. Porém, por falta de dados, desconhece-se a dimensão do problema. A responsável lançou um apelo para a educação e informação, principalmente dos jovens, a partir dos nove anos de idade, para dessiminação das formas de prevenção, já que a situação tem muito a ver com o estilo de vida.
Margaret Chan afirmou que o cancro é uma doença muito complexa e que exige todo o apoio dos parceiros, porque o custo do seu tratamento é muito alto. Deu como exemplo o custo da vacina do papiloma humano (que considera muito alto). Daí a necessidade de intervir junto das empresas produtoras de fármacos.
Anunciou que ainda no decorrer deste mês terá lugar, no Uganda, um encontro sobre o que se pode aprender em métodos de cobertura, prevenção e tratamento do cancro.
Segundo a OMS, em 2007, havia no mundo mais de 500 mil novos casos de cancro do colo do útero, dos quais mais de 90 por cento se encontravam nos países em desenvolvimento. Na África sub-sahariana, registaram-se 72 mil novos casos e morreram 56 mil mulheres. Verifica-se fortes índices da doença, com taxas superiores a 50 por 100 mil e taxas padrão de mortalidade em função da idade, que ultrapassam por vezes 40 por 100 mil.
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