Angola e Índia movimentaram 4 milhões USD
O volume de negócios entre a Índia e Angola pode alcançar os quatro biliões de dólares este ano, superando os três biliões de dólares norte-americanos atingidos em 2009.
A revelação foi feita hoje à Angop, em Luanda, pelo embaixador da Índia em Angola, Ajjampur Rangaiam Ghanashyam, que atribuiu o crescimento da cooperação entre os dois países aos esforços do seu Governo em querer estreitar e consolidar as relações entre as duas nações em vários domínios, sobretudo o económico. Ajjampur R. Ghanashyam recordou que as relações entre os dois países datam de 1761 (época da colonização portuguesa), altura em que partes da Índia (Goa, Damão e Dio) eram consideradas, tal como Angola, territórios português.
O diplomata indiano deu a conhecer que exportam para Angola, principalmente, carne, veículos automóveis, equipamentos para comboios e tractores, medicamentos, tecidos e fibras para a indústria têxtil.
Dominam as exportações de Angola para a Índia o petróleo.
O acordo de cooperação petrolífera assinado entre a angolana Sonangol e empresas indianas do sector, em Janeiro deste ano, foi considerado pelo embaixador Ajjampur Ghanashyam como um dos exemplos do estreitamento e consolidação das relações entre os dois países.
Rubricado durante a visita a Angola do ministro indiano dos Petróleos e Gás Natural, Murli Deora, o acordo vai permitir que sejam identificadas outras áreas para aprofundar a cooperação, aproveitando a capacidade técnica do país asiático neste domínio, sublinhou.
Entretanto, o diplomata admitiu que as relações entre Nova Deli e Luanda “precisam ser reforçadas e alargadas para outros sectores, em benefício mútuo”, como o das infra-estruturas, saúde, educação, agricultura, informática, alta tecnologia, indústria automóvel, e de metais.
Segundo Ajjampur Ghanashynam, a Índia também participa nos esforços das autoridades angolanas de reconstruir e desenvolver Angola, dando como exemplo os trabalhos de reabilitação da linha de caminho-de-ferro Lubango-Matala, no Sul do país, com um custo de 50 milhões de dólares, além da formação na Índia de engenheiros e outros especialistas do ramo que actualmente gerem o projecto.
O diplomata afirmou que o seu Governo apresentou ainda uma proposta para interligação das três linhas de caminho-de-ferro de existentes em Angola.
Ajjampur Ghanashynam recordou, igualmente, que as empresas privadas do seu país estão presentes no sector de aço, plástico e papel.
Ainda, uma farmacêutica privada indiana pretende instalar uma unidade de produção de fluídos intravenosos, e uma outra projecta um centro ortopédico e de formação de especialistas angolanos.
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