Portos de Luanda e Leixões assinam protocolo
As administrações dos portos de Luanda e de Leixões (Portugal) assinam hoje na capital angolana um protocolo que pretende desenvolver a relação entre as duas estruturas nos domínios da estratégia, gestão e sistemas de informação ligados ao negócio portuário.
O documento, que será rubricado ao final da tarde, na presença do ministro português das Obras Públicas e Transportes, António Mendonça, e dos Transportes angolano, Augusto Tomás, representa para o administrador do porto de Leixões, João Fernandes, uma evolução numa relação "com uma longa tradição".
Em declarações à agência de notícias Lusa, João Fernandes explicou que o acordo "envolve duas administrações portuárias, duas entidades públicas, com uma longa tradição de trabalho em comum".
"Leixões tem um dos mais relevantes centros de formação portuária dos países que falam português, seja qual for o continente, e tem recebido um grande número de formandos, especialmente de Angola", disse, sublinhando que esse relacionamento permite "sedimentar e construir" um relacionamento vantajoso para as economias dos dois países.
Actualmente há três operadores que todos os meses têm conexões entre Leixões e Luanda, chegando a existir oito ligações mensais com os portos angolanos.
"Há domínios, como os da estratégia portuária, da gestão portuária e particularmente dos sistemas de informação ligados ao negócio portuário que está contemplado directamente neste protocolo que acreditamos que podem ter uma evolução muito grande nos próximos anos", defendeu.
João Fernandes lembra que este acordo já está no terreno .
Também sobre este protocolo, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações português, António Mendonça, que se encontra em Luanda em visita de trabalho, recordou que "Angola é hoje um dos países mais importantes do ponto de vista das nossas relações comerciais e seguramente essa relações se vão intensificar no futuro".
Angola é o quarto mercado exportador português no mundo e o primeiro fora da Europa, sendo apenas ultrapassado por Espanha, França e Alemanha.
Em declarações à Lusa, António Mendonça apontou para a "conhecida posição do governo português relativamente aos portos" ao considerá-los "como veículos importantes em termos do dinamismo das relações económicas".
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