Economia pode crescer dez por cento
O crescimento da economia angolana deverá recuperar para um ritmo próximo dos dez por cento este ano, através da recuperação do sector petrolífero e dos investimentos previstos do sector público e investidores internacionais. Segundo as estimativas da Espírito Santo Research "em 2010, a actividade económica angolana deverá registar uma forte aceleração, para um patamar próximo dos 10 por cento". Os responsáveis prevêem no primeiro trimestre deste ano, as exportações angolanas vão continuar (apesar dos esforços do Governo para a diversificação sectorial) a assentar essencialmente no petróleo (cerca de 95 por cento do total). Em termos geográficos o peso crescente da China deverá liderar o processo de recuperação da actividade económica a nível mundial.
O preço do petróleo aumentou para valores actuais em torno do 80 dólares por barril. Angola espera aumentar a extracção de petróleo e é o segundo maior exportador desta matéria prima para a China, recordam os analistas da ES Research.
O país está a ser auxiliado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que em 2009 acordou com o Governo angolano um empréstimo até 1,4 mil milhões de dólares, do qual já foi disponibilizada a primeira parcela e as restantes dependem do cumprimento de critérios comprovados em visitas trimestais, que permitirão financiar "muitos projetos estruturantes".
O esforço de investimento irá intensificar-se em 2010, com o apoio previsto do Governo à indústria que inclui 397 milhões de dólares na construção de infra-estruturas, nomeadamente ao nível da indústria transformadora (fábricas de açúcar, óleo de palma e transformação de mandioca, por exemplo).
No sector dos serviços, em 2010 "vai iniciar-se a execução de um plano de construção de 165 hotéis espalhados por todo o país", outro exemplo de investimentos apontados como estando já a contribuir para que sejam "já visíveis" na economia angolana "sinais de aceleração da actividade". Um desses sinais é que o crédito interno, que tinha caído em 2009, inverteu na fase final do ano a tendência e cresceu "54 por cento em termos nominais e homólogos".
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