Angola lança sistema de comunicação e gestão de pesca artesanal
Um sistema de vigilância marítima, comunicação e gestão de pesca artesanal foi lançado esta semana, em Luanda, pelo Instituto Nacional de Pesca Artesanal em parceria com a Organização Marítima Internacional de Sistemas de Informação (IMIS). O mecanismo tem como objectivo apoiar as actividades das comunidades de pescadores do país.
A estrutura, denominada Maritraq, é um instrumento de comunicação e vigilância de gestão que visa a obtenção de dados sobre a localização de embarcações, sobre a captura e a denúncia de pesca ilegal por parte de estrangeiros, entre outras funcionalidades.
O sistema beneficiará 2.500 pescadores, numa primeira fase e vai abranger as zonas do Buraco, na província de Luanda, Kikombo (Kwanza Sul), Caota (Benguela), Lucira (Namibe) e Tômbwa, província do Namibe. O Maritraq é financiado pelo Banco Mundial (BM) e está avaliado em 500 mil dólares norte-americanos. O projecto está inserido no Projecto de Desenvolvimento de Pesca Artesanal, do Instituto de Pesca Artesanal.
Na ocasião, o coordenador do Projecto de Desenvolvimento de Pesca Artesanal, Carlos Neto, disse à imprensa que algumas pessoas estão a ser formadas para trabalhar com o sistema que terá antenas receptoras de sinal que posteriormente enviam informações à base central de dados, que está sedeada na província de Luanda. Para a implementação do sistema, segundo o coordenador, foram observadas algumas fases, entre elas, de criação de infra-estruturas, formação de pessoal e de gestão.
Da parte da IMIS – instituição sul-africana criadora do sistema, a directora executiva, Chiboni Evans, deu a conhecer que os equipamentos foram adquiridos em função de um concurso internacional vencido pela sua empresa. Por sua vez, o engenheiro da IMIS, Andrew Cawood, disse à Angop que a nível de Angola será estabelecido contrato com empresas nacionais para prestarem assistência técnica aos aparelhos em caso de avaria, mas em situações complexas será necessário enviar para a África do Sul.
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