A maior fábrica de cerâmica do país, envolvendo um investimento de USD 50 milhões e totalmente detida por capitais angolanos, vai ser construída no Kwanza-Sul. As obras arrancam dentro de dois a três meses, prevendo-se que a nova unidade começará a laborar dentro de ano e meio. Segundo publica o jornal 'O País', a estrutura terá uma capacidade de produção diária de 500 toneladas de materiais cerâmicos, que se destinam à construção como o tijolo, a telha e a tijoleira aplicada na cobertura de chão. O financiamento do projecto está assegurado por financiamento bancário, prevendo-se que o "pay-back" (retorno do investimento) ocorra num prazo de três anos. A taxa interna de rentabilidade (TIR) rondará os 2o por cento.
O projecto permitirá ainda a criação de 50 empregos directos, 95 por cento dos quais serão preenchidos por mão-de-obra nacional. Os produtos saídos da nova fábrica serão colocados no mercado a preços bastante abaixo da concorrência. O objectivo desta infra-estrutura será a introdução de características diferenciadoras no sector da habitação no país. Segundo o director-geral da Opin Consulting, empresa responsável pela concretização do projecto, Luis Fernandes espera-se que ”a construção de habitação em Angola tenha maior qualidade”. Isto porque o tijolo de barro vermelho, que será produzido pela nova unidade industrial, apresenta uma qualidade superior ao tijolo de betão, o chamado tijolo de cimento, a que as empresas de construção actualmente recorrem. “Esperamos que a implantação desta nova fábrica no Kwanza-Sul possa conduzir ao surgimento de projectos idênticos noutras províncias”, esclareceu.
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