Palancas desejam ultrapassar os quartos
Angola apostou forte em infra-estruturas para receber pela primeira vez o CAN, levando os adeptos a acreditar na inédita conquista do troféu. Porém, o treinador português Manuel José é o primeiro refrear o entusiasmo de 15 milhões de habitantes. "A pressão é grande porque todos os angolanos querem a vitória. O nosso objectivo é a qualificação para os quartos-de-final. Todos querem ganhar o torneio e, quando a federação angolana me contratou, a ideia era erguer o troféu, mas não podemos elevar tanto a fasquia, temos de ir passo a passo", lembrou o técnico, tetracampeão africano com o clube egípcio Al-Ahly.
Os "Palancas Negras", que se estrearam em Mundiais no Alemanha2006 e cujo melhor resultado na CAN é a presença nos "quartos" do Gana2008, ficaram-se pela fase de grupos do África do Sul1996, do Burkina-Faso1998 e do Egipto2006, e vão defrontar Mali, Malawi e Argélia no Grupo A do Angola2010. As "Águias" do Mali, primeiro adversário da equipa, contam nas suas fileiras com o avançado do FC Sevilha Kanouté, os médios Mahamadou Diarra (Real Madrid), Seydou Keita (FC Barcelona) e Sissoko (Juventus), entre outros, mas nas anteriores cinco presenças só alcançaram o estatuto de vice-campeão(Camarões1972).
"Evitámos as equipas grandes na fase de grupos, mas a Argélia é muito forte. Qualificou-se para o Mundial (África do Sul2010) e não deve ser subestimada. Com a minha experiência no Al-Ahly, conheço bem o futebol norte-africano. Aproveitam muito bem os erros dos adversários e fiquei contente por não os defrontar no jogo inaugural", comentou o seleccionador, em declarações à imprensa.
A selecção angolana, que já não conta com os retirados Akwá, Ricardo e Figueiredo ou o lesionado André Makanga, tem nos avançados Flávio (Al-Shabab, Arábia Saudita) e Manucho (Valladolid, Espanha) as suas grandes esperanças. Gilberto (Al-Ahly, Egipto) é a figura central do meio-campo, sem esquecer os "portugueses" Carlos (Rio Ave), Stélvio (Sporting de Braga), Djalma (Marítimo) e o emblemático Mantorras (Benfica).
"A preparação foi prejudicada pela pausa no campeonato doméstico, em Outubro. Só os jogadores que evoluem na Europa mantiveram o ritmo. Temos de nos concentrar no ataque e melhorar a nossa capacidade concretizadora", explicou.
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