Tecnológicas portuguesas vão a jogo em Angola
Os painéis multimédia de sinalização dentro dos recintos desportivos, que vão acolher o Campeonato Africano das Nações (CAN) 2010, e o sistema de controlo do acesso aos estádios estão a ser desenvolvidos por tecnológicas portuguesas.
"A Compta ganhou um projecto ligado aos suportes multimédia para a sinalização dentro das cidades, dos recintos desportivos ou dos aeroportos", disse, à Lusa, o presidente do conselho de administração da tecnológica.
Em declarações à agência portuguesa Lusa, Armindo Monteiro explicou que a solução desenvolvida permite a introdução de informações, relativas aos jogos e aos eventos paralelos, e também a exploração da vertente publicitária, considerando que "o CAN 2010 é uma excelente montra para a Compta uma vez que todos os olhos vão estar postos emAngola".
"Além de desenvolvermos a solução, a equipa da Compta Angola ficará responsável pela manutenção dos painéis", disse o empresário, acrescentando que o preço base da solução é de 1,1 milhões de euros, estando ainda em aberto o custo final.
Armindo Monteiro considera que "para a escolha da Compta ajudou o facto de ter sido criada, há um ano e meio, a Compta Angola, uma empresa de direito angolano, maioritariamente detida pela Compta", o que, afirmou, "prova que Angola é uma aposta e que não fazemos parte desta moda recente".
"Temos parcerias com entidades angolanos, o que foi bom para conquistar a confiança [da comissão organizadora do CAN 2010]", disse Armindo Monteiro.
A Compta Angola registou, no primeiro de actividade, um volume de negócios de cerca de 1,8 milhões de euros, estando a actividade de investigação e desenvolvimento centrada em Portugal, onde emprega 180 pessoas e tem uma facturação de 20 milhões de euros.
A Sinfic também já carimbou o passaporte para fornecer o sistema de bilhética e controlo de acessos do CAN 2010, que a empresa considera ser "um grande desafio".
Além do projecto que ganhou, a tecnológica portuguesa, presente no mercado angolano desde 1990, foi qualificada para o apetrechamento dos centros de imprensa e para o apetrechamento e suporte do Centro de Controlo Central.
A Sinfic conta com cerca de 500 trabalhadores e um volume de negócios superior a 51 milhões de euros em Portugal, Angola e Moçambique.
A Softlimits também não quis perder a oportunidade de pôr as suas soluções tecnológicas ao serviço da principal prova de futebol a nível de nações no continente africano, tendo avançado para alguns concursos do CAN 2010.
"Temos a informação de que o concurso de credenciação ainda está a decorrer. Acreditamos que temos a proposta mais vantajosa para este projecto", revelou à Lusa fonte da empresa, com escritórios em Lisboa, Luanda e Macau.
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