Material informático mais caro devido à demora na transportação
O material informático chega caro ao consumidor devido ao tempo de demora na sua transportação dos países onde são adquiridos até a Angola, informou em Luanda o presidente do Conselho de Administração da Sistec, Rui Manuel dos Santos. Em declarações à Angop, Rui Manuel dos Santos referiu que o tempo em que se compra os produtos dos fornecedores de material informático até ser recebido no país, demora sete meses, o que significa uma "imobilização financeira elevada que tem de ser compensada nos custos, por ter que se pagar juros". O responsável adiantou ainda que as elevadas taxas de importação e os impostos de consumo alto são aspectos que fazem com que os produtos informáticos sejam caros. “Sendo do interesse do Estado que haja uma estratégia de desenvolvimento a nível de tecnologias de informação, com o objectivo de disseminar os meios tecnológicos para todos os cidadãos, as taxas deveriam ser reduzidas a zero ou a quase zero”, argumentou. A fonte adiantou que as empresas angolanas do ramo das Tecnologias de Informação (TIC) não conseguem aceder ao material informático ao preço que é praticado na Europa, China ou Índia. “Angola não tem para efeitos de cálculos de preço a economia de escala”. "A economia de escala é fundamental para que os preços possam baixar, para que as empresas que vendem consigam pagar os custos fixos da sua empresa que tem a ver com a importação, com os stocks, com as condições de armazenagens, entre outros”, frisou Rui Santos. Para si, se o Estado traçar uma estratégia a nível de consumo, uma estratégia alfandegária, os produtos serão mais baratos e os cidadãos de baixa renda poderão adquirir os equipamentos mais facilmente. Ao falar sobre o acesso da internet fixa (mais barata em relação a móvel) não ser possível chegar a todas cidades e vilas do país, Rui Manuel dos Santos realçou que a "cablagem" (cabos que são fixados para levar a comunicação) no país não está feita para todas as zonas, o que dificulta estender a tecnologia. “Nos Estados Unidos da América e na Europa este fenómeno é possível, porque a cablagem está estendida em todas as localidades, mas em quinze anos é possível termos serviços deste género a localidades distantes”, admitiu.
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