"Angola, Figuras de Poder" em Paris
A exposição "Angola, Figuras de Poder" leva um conjunto de peças oriundas de diferentes museus abre amanhã ao público no Museu Dapper, em Paris. "É uma das exposições mais importantes da temporada em Paris", anunciou a directora do espaço europeu, Christiane Falgayrettes-Leveau, na apresentação da colecção de arte angolana. A conferência de imprensa contou com a presença de António Óle, convidado pelo Museu Dapper a integrar a exposição com algumas das suas esculturas mais representativas, como "Anjo Exterminador". A maioria das peças provêm de Angola, museus portugueses da colecção do Museu Tervuren, na Bélgica.
Christiane Falgayrettes-Leveau salientou que "raramente é possível reunir numa mesma iniciativa um conjunto tão significativo de peças", que representam as várias culturas do grande mosaico étnico angolano, onde se destacam os grupos Ovimbundo, Herero, Luvale, Himba, Songo e Guenguela. O fio condutor da mostra é "a noção do poder, poder político por um lado, sendo importante o conceito de arte de corte de grupos como os Tchokwé, mas também o poder espiritual, uma vez que os chefes carregam e detêm as tradições". A exposição visa dialogar com a arte contemporânea africana, nomeadamente a de Angola, pelo que as esculturas de António Óle remetem para as influências profundas da arte "primitiva", um termo aliás que o artista angolano afirmou "detestar".
"Angola, Figuras de Poder" tem o patrocínio da Fundação Total, no âmbito de uma política de "mecenato de reparação" que a petrolífera francesa segue nos territórios onde opera, como Angola. A mostra está patente em Paris até 10 de Julho de 2011.
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