Empresários queixam-se de atrasos no Cunene
Os empresários da Huíla têm manifestado o seu descontentamento em relação às dificuldades que encontram no processo de desalfandegamento de produtos a partir do posto fronteiriço de Santa Clara, na província do Cunene. O presidente da Associação Agro-Pecuária Comercial e Industrial da Huíla (Aapcil), António de Lemos, denunciou à Angop que se verifica um excesso de burocracia nas alfândegas do Cunene.
O responsável alegou que há casos em que as encomendas dos filiados ficam dez meses a aguardar pelo desalfandegamento, o que contribuiu para alguns prejuízos na sua actividade económica, dando como exemplo os importadores de viaturas, um dos sectores mais afectados por esta questão. António Lemos sugere a criação de um Porto Seco no Lubango. A urgência da instalação deste equipamento chegou a ser defendida pelo antigo ministro das Finanças, João Pedro de Morais. “Um porto seco facilitaria o desalfandegamento das nossas mercadorias localmente, até porque existe já um espaço para tal, facto que traria vantagens não só aos utentes, como para a própria província”, argumentou.Recorde-se que os importadores da Huíla possuem três pontos para a recepção de produtos. No entanto, devido à proximidade com o porto de Walvis Bay (Namíbias), o principal destino das mercadorias é a região do Cunene, que beneficia da celeridade no desembarque e grande afluência de navios.
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