Especialista defende Tese sobre Reforma do Ensino no país
A delegação permanente de Angola junto da Unesco rendeu, esta segunda-feira, homenagem a Manuel Kavungo Mayimona, assessor do ministro da Educação, pelo resultado obtido com a apresentação da sua tese de Doutoramento pela Universidade de Versailles-Saint-Quentin-en-Yvelines, sedeada em Paris, sobre “Gestão de Recursos Humanos e Reforma Educativa em Angola: Planificação, Recrutamento e Mobilidade do Pessoal Docente”.
Segundo uma nota Representação Permanente de Angola junto da Unesco, enviada hoje, terça-feira, à Angop, o acto decorreu na sala dos Delegados, na Unesco, e contou com a presença do Encarregado de Negócios Interino da Delegação de Angola, Rolando Neto, do Director de Pesquisas e Examinador, Louis Marmoz, dos examinadores Francisco Seddoh e Sasong Mungala, aos quais se juntou o pessoal da Delegação angolana. A tese de doutoramento, defendida por Manuel Mayimona é uma pesquisa que levanta duas preocupações substanciais: por um lado, faz uma análise da gestão dos recursos humanos no sistema educativo; por outro, analisa a evolução da reforma do sistema educativo angolano. Os dois sistemas analisados em separado permitem um aprofundamento das questões levantadas no terreno teórico, relativas às noções como: a planificação, a competência, o recrutamento e a mobilidade dos recursos humanos na função pública angolana e mais particularmente no domínio educativo. De acordo com a nota, o trabalho defende a hipótese segundo a qual “a gestão e a planificação dos recursos humanos só serão possíveis se a reforma do sistema educativo actual permitir criar as condições duma formação eficaz e de qualidade das competências capazes de assegurarem o desenvolvimento económico de Angola.” Mayimona sustenta, na sua tese de doutoramento, que uma reforma eficaz do ensino, implica uma reforma estrutural, metodológica e didáctica do sistema por completo.
O estudo de Manuel Mayimona faz ainda um enfoque analítico do ensino primário e ensaia uma generalização ao conjunto do sistema educativo angolano, postulando que a sua interdependência com os sistemas secundários e terciários podem explicar que uma má reforma do ensino primário poderá conduzir a uma má reforma do ensino secundário e terciário. Segundo o examinador, Francisco Seddoh, também chefe de departamento para o Ensino Superior da Unesco, o autor quis apresentar o estado geral da educação angolana, e é neste esforço global que reside o mérito da obra.
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