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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Cooperação internacional


Defendida uma ordem internacional multilateral e democrática


O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto, Ahmed Aboul Gheit, defendeu, hoje, em Sharm El Sheikh, a reformulação de uma nova ordem internacional baseada no multilateralismo e na democracia nas relações entre os estados. A ideia foi proferida durante a cerimónio de abertura da reunião preparatória da XV Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do Movimento Países dos Não-Alinhados. O encontro decorrerá a 15 e 16 de Julho e conta com a presença de Angola.
"Referimo-nos a uma nova ordem em que os direitos e deveres são respeitados por todos, sem discriminação, sem que se baseie na riqueza ou pobreza, no potencial militar e económico, na raça ou na religião e que privilegie a justiça, a dignidade humana e o direito à vida", esclareceu o representante do país que acolhe o evento. Aboul Gheit referiu ainda que é urgente fortalecer o mecanismo de coordenação conjunta com o grupo dos 77 e com a China, com o intuito de formular propostas práticas e viáveis para que o desenvolvimento seja uma das prioridades das Nações Unidas.

Segundo o minsitro, a actual ordem internacional não está suficientemente desenvolvida e não corresponde às actuais necessidades, que estão em constante mutação devido ao aumento demográfico mundial. O dirigente, durante o seu discurso, apelou à solidariedade internacional, enquanto mecanismo potenciador da paz e estabilidade. Este facto levou-o a considerar que os princípios que inspiraram a criação do Movimento dos Países Não Alinhados são actuais.
Para Ahmed Aboul Gheit, o respeito da soberania e da integridade territorial de todos os países, independentemente do seu grau de importância
e capacidade para defender-se e a convivência pacífica entre os povos continuam a ser "lemas de ouro" dos países membros dos Países não Alinhados. O grupo foi criado em Setembro de 1961 e é composto por 115 países.

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